Seleção e Adaptação de Aparelhos Auditivos
Em geral, o paciente que tem algum tipo de perda auditiva procura o médico otorrinolaringologista o qual, além de diagnosticar a deficiência auditiva, também prescreve o uso de aparelhos auditivos.
Em muitos casos, a perda auditiva pode ser ajudada através da amplificação, principalmente quando a cirurgia ou medicação não conseguem ser alternativas de tratamento.
O fonoaudiólogo avalia quais dispositivos eletrônicos podem ser testados e os seleciona para que o paciente possa experimentá-los.
A perda auditiva é invisível
Você escuta, mas não entende o que as pessoas falam. Tem dificuldade para entender rádio, TV e telefone. Precisa olhar para os lábios das pessoas para entender. Muitas vezes, finge entender, evita pessoas e se isola.
As pessoas esperam que você escute normalmente,mas você não escuta bem.
A perda auditiva pode proporcionar danos emocionais ( ansiedade, depressão ),sociais ( rejeição, afastamento, perda de informação ) e físicos ( hipertensão,dores de cabeça ).
Nós sabemos como você se sente e nós podemos ajuda-lo.
Perda auditiva e idade
Apesar da perda auditiva ser comum em idosos,pessoas mais jovens e de meia idade também são afetadas. Há fatores determinantes além da idade. Lembre-se que a perda auditiva é mais notável do que o uso de aparelhos auditivos. A percepção do som normal é um fator vital em nossas vidas.
Deficiência auditiva e suas implicações biopsicossociais
Durante processo de seleção do aparelho, não se trata apenas de escolher um instrumento a ser usado atrás ou dentro da orelha. É mais que isto. É um processo complexo,que dependerá muito do fonoaudiólogo e do paciente.
O eco, muitas vezes, estará presente ao ouvir a sua própria voz; porém, com o uso diário do aparelho, o indivíduo vai se acostumando e, dentro de alguns dias, ele vai se adaptando e não percebendo mais esta diferença.
O treinamento auditivo consiste em melhorara habilidade de discriminar as palavras através do uso do aparelho auditivo. É promover e estimular o seu ouvido com a amplificação. É ensiná-lo e encorajá-lo de que ele pode “entender” o que está sendo dito.
O fonoaudiólogo deverá desenvolver estratégias que lhe permitirão entender, discriminar, localizar os sons. Isto leva tempo, mas vale a pena!
Aparelhos Auditivos
Os aparelhos auditivos são frequentemente o último recurso utilizado após muitas experiências frustrantes, contradições e escapes. Para ter sucesso você necessita de ajustes e mudanças, deixando hábitos antigos e aprendendo novos. Este processo de aprendizagem não pode ser realizado isoladamente.
É importante lembrar que aparelhos auditivos não podem restaurar a audição e nem podem retardar a progressão da deficiência auditiva. Eles participam da reabilitação auditiva amplificando o som e podem necessitar ser suplementados pelo treinamento auditivo.
Atualmente, os aparelhos são estéticos,pequenos e discretos. Eles têm nos seus circuitos microprocessadores de alta tecnologia com capacidade de armazenar vários programas para diferentes ambientes, com volumes varáveis e com conectividade para receber as informações via wireless,bluetooth, etc, com expressiva melhora da qualidade do som.
Há aplicativos disponíveis para que isso aconteça de forma simples, possibilitando um melhor processamento do som nas diferentes opções de vídeos, músicas, mensagens através de telefones celulares,inclusive com melhor recepção de chamadas de áudio.
São disponibilizados controles remotos que podem ajudar nos ajustes do som e de fácil manipulação, nos quais o paciente com apenas um toque pode variar o volume, faixa de frequência, etc.
Como melhorar a inteligibilidade de fala
O sucesso da comunicação com os deficientes auditivos dependerá, sobretudo, da forma pela qual se fala com eles:
· Deve-se utilizar sons claros,distintos e bem articulados, com volume (intensidade) normal da fala.
· Não gritar.
· Falar de frente, devagar e claramente.
· Repetir uma frase mal entendida utilizando-se de outras palavras.
· Posicionar-se em lugar claro.
· Ficar distante de ruído ambiental.
· Não ocultar seus lábios com as mãos, alimentos etc.
Aprendendo a escutar novamente
Durante o processo de adaptação dos aparelhos auditivos, o fonoaudiólogo vai orientar como conviver socialmente com estes dispositivos, ensinando a manipular os aparelhos e seus acessórios, durante algumas semanas, de forma que esta aprendizagem será positiva no seu dia a dia.Não é tarefa difícil. Temos atendidos vários pacientes que nunca manipularam um smartphone, aprenderam e hoje não ficam mais sem estes instrumentos de comunicação.
A reabilitação auditiva se faz muito importante em qualquer etapa da vida e traz diversos benefícios:
· Possibilita melhorar as habilidades intelectuais auditivas que estavam deficientes
· Promove melhora significativa da atenção, memória e discriminação auditiva
· Favorece a integração social
Melhora as relações de trabalho e família.
Procuramos dar todo o suporte ao paciente desde a aceitação da perda auditiva, seleção dos aparelhos auditivos, treinamento auditivo e seguimento no processo de reabilitação a fim de promover uma mudança no comportamento social e satisfação pessoal.
Dr. Ricardo Landini Lutaif Dolci
A respiração tem uma relação direta com a qualidade de vida, pois pacientes que são respiradores orais, ou seja, apresentam uma maior predisposição a ter uma pior qualidade do sono, estando associado frequentemente a roncos e apneias do sono. Assim como, um menor rendimento nas atividades físicas, alteração da parte cognitiva (memorização), maior cansaço durante o dia e até mesmo menor rendimento escolar ou no trabalho.
Em crianças essas alterações pela respiração oral também podem acontecer, assim como nos adultos, porém podem ainda desenvolver um prejuízo no desenvolvimento da face e das arcadas dentárias, e até mesmo alterações posturais. As causas pela respiração oral são as obstruções nasais, e os motivos são os mais diversos,
entres eles, rinite alérgica, resfriado, sinusite aguda ou crônica, entre outros causas inflamatórias e infecciosas. Entre as causas anatômicas, nas crianças podemos citar a hipertrofia adenoamigdaliana, e nos adultos uma das causas mais frequentes e com boa resolubilidade são os desvios de septo nasal e hipertrofia dos cornetos inferiores.
Tais condições podem ainda ter relação direta com questões estéticas. Exemplificando: o paciente fraturou o nariz, o que resultou em desvio de septo. Além de ter dificuldade de respiração, o acidente pode ter resultado em um nariz torto ou projetado para um dos lados, por exemplo. Em casos congênitos, ou seja, condições ocasionadas pelo desenvolvimento incorreto do septo nasal durante a puberdade, o qual, pode crescer desviado e consequentemente fazer com que esteticamente deixe o nariz torto, chamado de laterorrinia ou rinoescoliose.
Nesses casos em que o septo nasal apresenta um crescimento anormal, ocasionando uma obstrução respiratória e o paciente apresenta o nariz torto (laterorrinia), a correção do septo nasal se faz necessária cirurgicamente através de um procedimento chamado de RINOSSEPTOPLASTIA
FUNCIONAL, a qual, tem como função uma melhora da respiração. Mas consequentemente é realizado uma melhora estética do nariz torto (laterorrinia), mesmo que essa não seja a queixa do paciente. Pois o que faz o paciente apresentar o nariz torto (laterorrinia) é o septo nasal desviado, e ao deixarmos o septo nasal reto, melhorando a respiração e a qualidade e vida do paciente, o nariz consequentemente ficará mais reto (melhorando a questão estética).
Outras duas alterações anatômicas que podem ainda ocasionar uma obstrução nasal e deve ser corrigida pela RINOSSEPTOPLASTIA FUNCIONAL são: insuficiências de válvula nasal interna e externa.
INSUFICIÊNCIA DE VÁLVULA NASAL INTERNA - A válvula nasal interna é formada medialmente pela porção superior do septo nasal, superior e lateralmente pela porção caudal da cartilagem lateral superior e inferiormente pela cabeça do corneto inferior. Nos narizes caucasianos, esse ângulo varia entre 10◦ e 15◦. A queixa do paciente é a mesma que nos desvios de septos nasais, ou seja, obstrução nasal. Odiagnóstico é subjetivo, porém existem algumas manobras que podem auxiliar. A manobra de Cottle tradicional, na qual, a região da bochecha é elevada supero-lateralmente com um ou dois dedos, verificando a melhora da obstrução. Essa manobra não permite a avaliação individual das válvulas internas ou externas. Já na manobra de Cottle modificada é utilizada uma caneta metálica ou uma cureta otológica usando-a para empurrar lateralmente a região da cartilagem lateral superior ou inferior, verificando em que situação há fluxo de ar. Portanto, a manobra permite a avaliação isolada
de cada região (válvula nasal interna ou externa). O tratamento é cirúrgico através de uma RINOSSEPTOPLASTIA FUNCIONAL,
melhorando a abertura (ângulo) da válvula nasal interna.
INSUFICIÊNCIA DE VÁLVULA NASAL EXTERNA- A válvula nasal externa é constituída medialmente pelo septo caudal e columela, superiormente pelo triângulo frágil, e lateralmente pela borda alar (borda caudal da crus lateral da cartilagem lateral inferior) e inferiormente pelo assoalho do vestíbulo nasal.
A queixa e o diagnóstico são os mesmos mencionados na insuficiência de válvula nasal interna e o tratamento é a RINOSSEPTOPLASTIA FUNCIONAL, porém através de uma melhoria da válvula nasal externa, na qual, na maioria das vezes está enfraquecida.
Rogerio Borgui Buhler
Os nódulos tireoidianos estão localizados na glândula tireoide que fica na região central do pescoço logo abaixo da saliência popularmente conhecida como "pomo de adão".
São muito frequentes na população geral principalmente nas mulheres. Estes nódulos podem ser identificados em até 50% das vezes através de um exame de ultrassonografia.
A maioria deles é benigna, mas alguns necessitam de uma investigação mais minuciosa para descartar a possibilidade de um câncer de tireoide.
O autoexame da tireoide pode ser útil na identificação destes nódulos, mas é importante a avaliação de um médico especialista, que vai saber conduzir a um diagnóstico preciso e a um tratamento adequado.